Futuro do ColdFusion

Faz tempo que não posto nada sobre ColdFusion, talvez porque eu esteja usando ele muito pouco nos últimos tempos. Ontem vi um post e um documento que oferece um bom overview sobre a quantas anda o ColdFusion 8 (Scorpio) e outras informações interessantes sobre o mesmo (número estimado de desenvolvedores mundiais, etc). Ao invés de ficar listando todos os novos recursos que a próxima versão trará, deixo-os com este excelente resumão. São notas tiradas por Matt Woodward durante uma apresentação do Forta, Buntel, and Adam Lehman.

“The Future of ColdFusion” – Ben Forta, Tim Buntel, Adam Lehman, anotações de Matt Woodward.


Isso é conversa fiada!

O assunto já em alguns blogs que acompanho (aqui e aqui lá pelo meio do texto), mas o Paulo Henrique Amorim realmente pisou na bola durante a Conferência Web 2.0, afirmando que o conteúdo gerado pelos usuários não é bom, e precisa ser controlado.


“Em um certo ponto, internautas começam a dialogar com eles mesmos, ignorando o texto original. Estou ciciado nisso”, disse.

O jornalista acredita que o conteúdo vindo dos usuários deve passar por um filtro de edição para garantir a qualidade do conteúdo. “Há necessidade de editores competentes para controlar o fluxo”, afirmou.

A única coisa que ele conseguiu foi fazer com que os ditos usuários burros mostrassem para o mundo o quanto ele é “inteligente” em termos de Internet.


Frase do dia

“It takes one hour of preparation for each minute of presentation time.”

– Wayne Burgraff, filósofo americano


Excelente livro sobre embromação corporativa

Comprei na sábado de noite de devorei durante a madrugada. Recomendo. É basicamente tudo aquilo que sempre quis dizer, mas não sabia como. Falo de uma das coisas mais irritantes que se pode ter no mercado de trabalho: a embromação escrita e verbal. Se você é do meu tipo, que repudia o “fala, fala mas não diz nada”, os jargões, os penachos e as firulas corporativas praticadas por consultores, gurus e outros idiotas corporativos, terá sua redenção ao ler o Por que as pessoas de negócios falam como idiotas.

Especialmente adequado à nossa realidade de TI, que vende e propagandeia soluções “robustas”, “extensíveis”, “alavancáveis”, “escaláveis” e que “quebram paradigmas”…

SINOPSE (livraria cultura):

Segundo os autores desse guia de combate à embromação no ambiente de trabalho, os negócios estão se afogando em conversa empolada; uma linguagem impertinente, exagerada e presunçosa invadiu e-mails, relatórios e reuniões. ‘Por que as pessoas de negócios falam como idiotas’ oferece não apenas a chance de entender por que a habilidade da persuasão tornou-se tão imprescindível no ambiente corporativo atual, mas uma real oportunidade de se tornar uma pessoa convincente, autêntica e original que todos desejarão escutar.

Uma resenha mais completa pode ser lida aqui. Outras sugestões de leitura do mesmo gênero contrárias ao “pop-management”, você pode ver neste post.


Frase do dia

“A H2OH está vendendo que nem água!”

– Um parente, ao afirmar o quanto a Pepsi está se dando bem com sua, como ela mesma qualifica, “água de sabor” ou “refrigerante de baixa caloria”, como a Coca Cola afirma que o H2OH é, e a processa por isso. O H2OH é o antigo 7Up.


Microsoft quer comprar o Yahoo!

O ponto de exclamação no título só existe porque o nome “Yahoo!” leva o dito cujo no nome, caso contrário não deveria estar ali.

Notícia no Invertia de hoje: Microsoft quer comprar Yahoo para desbancar Google

Se de fato a compra do Yahoo! pela Microsoft se concretizar, será uma das maiores aquisições do mercado de TI (se não for a maior). O problema é que eu sinceramente não gosto da Microsoft no campo da Web. Os seus produtos web-based são muito ruins. O Hotmail é, de longe, o pior dos webmails existentes (em comparação com os outros free de mesmo porte – GMail e Yahoo!Mail), os serviços do Windows Live também são péssimos, além de serem feitos para rodar bem apenas no IE. A Microsoft certamente (e por uma questão de coerência), migraria os serviços do Yahoo! – que hoje rodam em uma plataforma própria, baseada em FreeBSD – para Windows… Seria jogar fora anos de desenvolvimento e excelência do Yahoo!, que nunca usou nada da Microsoft no lixo. Seria um dump gradual, mas ainda sim não gosto de ver a marca “Microsoft”, seu design e afins na web… mas pode ser que eu esteja errado. Enquanto não mudo de opinião, torço para que esta aquisição não aconteça.


Comentários fechados temporariamente

Estamos fechando os comentários temporariamente. Uma das tarefas que ainda não tivemos tempo de fazer depois da migração é instalar um pluggin anti-spam decente aqui no CFGIGOLO. Até lá é melhor deixar os comentários fechados, pois a enxurrada de lixo tem sido grande.


Microsoft Silverlight com partes open source

“Microsoft adds open-source twist to Silverlight”

Vi no InfoWorld que a Microsoft disponibilizou como open source o suporte a linguagens dinâmicas, como Python e Visual Basic, no Silverlight (que serão executadas em tempo de execução). Há planos de incluir suporte a Ruby também.

Mais informações na notícia original.


Adobe Flex é Open Source! E agora?

O dia 26 de Abril passado foi um dia histórico. O dia em que a Adobe anunciou que uma grande parte do que envolve o Flex será open source (sob a Mozilla Public License). Os componentes do Flex já tinham o seu código disponível para a comunidade visualizar e estender, mas não eram oficialmente licenciados como open souce. Agora, além dos componentes, outras peças importantes da tecnologia, dentre elas o compilador e o debugger (escritos em Java) serão open source.

E por que? Por que a Adobe fez isso?

Um dos motivos mais citados que eu tenho visto é o medo da competição do Silverlight, da Microsoft, chamado por alguns de “Flash-killer”, inclusive pelo anúncio do Flex open source ter sido poucos dias após a Microsoft anunciar oficialmente o Silverlight. Outrora este era conhecido por WPF/E, e o “E” é de “everywhere”. Ou seja, já era sabido da intenção da Microsoft de ter uma tecnologia de apresentação cross-platform.

A Adobe pode até temer uma competição do Silverlight, mas a decisão de ir para open source está longe de ser exclusivamente por causa disso. Mas então…

Para atrair desenvolvedores! Ponto. Pode parecer uma abordagem estranha. Será que a Adobe não deveria conquistar as empresas? Sim, é claro que deveria, e o potencial da ferramenta, cases e estatísticas já o fazem. Mas são os desenvolvedores que efetivamente transformam todo esse potencial em softwares de verdade.

É errado achar que apenas as empresa tem o poder de determinr a popularização de uma tecnologia. Os desenvolvedores também tem seu papel. São eles serão seduzidos pela tecnologia. Eles que formarão uma base de desenvolvedores para que uma empresa sinta-se confortável em usar algo (e não ficar na mão depois). Eles que terão que aprender algo novo. Eles podem transformar algo novo e diferente em algo fácil e produtivo. Já repararam que há livros sobre tecnologias da Microsoft que ainda estão em beta? E a Adobe continuara a dar suporte corporativo para aqueles que desejarem, mantendo a confiança de seus clientes.

A estratégia da Adobe tem se mostrado aos poucos, inclusive sob a forma de uma transição no modo como a empresa lida com suas tecnologias. Primeiro a drástica mudança no licenciamento do Flex, SDK gratuíto, Tamarin, e agora o Flex será open source.

Nada disso foi feito por acaso. A Adobe está se empenhando muito no Flex, e ele é peça fundamental da estratégia da Adobe, assim como o envolvimento da comunidade. As comparações com o WPF e o Silverlight agora não serão exclusivamente no mérito técnico – hoje as convicções e o modo de pensar dos desenvolvedores tem peso o suficiente para decidir sobre o futuro de uma tecnologia.