Governo e software livre

Já que o circo pegou fogo e este parece ser o assunto da semana por aqui, gostaria de dar um pouco mais de destaque à questão da adoção de software livre pelo governo brasileiro. Esta adoção tem sido feita de forma exageradamente (IMHO) forçada, na base do decreto. Isso não é recomendado, não é saudável e não é inteligente. E também não é aceito por qualquer pessoa de bom senso, seja defensora do SL ou não.

Quatro páginas de texto que dizem bastante sobre o que penso a respeito. Infelizmente preciso usar o texto de outra pessoa para me expressar neste caso específico. Como é notório numa “comunidade” (entre aspas em respeito aos que efetivamente fazem a comunidade) repleta de trolls e extremistas, a coisa virou pessoal e palco para xingamentos, achismos de cunho meramente pessoal e petardos absolutamente abstratos, sem sentido e sem propósito claro, levando à discussão para um rumo que não faz mais sentido.

Trata-se de uma extração de 4 páginas seguidas do excelente livro SOFTWARE LIVRE- POTENCIALIDADES E MODELOS DE NEGOCIO de Cezar Taurion (gerente de novos negócios na IBM), ed. Brasport.

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Uma análise clara do que um governo (qualquer que seja) pode fazer para emplacar o modelo de software livre (adequado em muitos casos, mas não em todos os casos) na esfera governamental ou nacional. Aliás, vale não só para o governo, mas para qualquer empresa e indivíduo que quiser deixar de lado o radicalismo e passar a trabalhar efetivamente em prol de algo.


24 Comments on “Governo e software livre”

  1. Leonardo disse:

    Um momento.
    Tenho uma pergunta bem simples.
    (Passando pelo questionamento dos extremistas, onde concordo com voce plenamente)
    O software proprietario nao e nocivo e coisa do diabo.
    O GRANDE problema e ter um fornecedor somente, com um pessimo historico na seguranca, e condenado no seu pais de origem por praticas monopolisticas.
    Na minha visao, a migracao para software livre vai ser benefica, pois o modelo monopolistico comeca adar sinais de arrefecimento.
    E ca entre nos, onde teriamos a chance de criar algo aqui que pudesse ser exportado?
    A plataforma M$ e conhecida por fechar oportunidades de outras empresas produzirem em cima do windows (Delphi, VC++, Netscape, e agora o mercado de antivirus e antispyware).

    E repito, porque a opcao por java foi tomada como forcar o publico a usar Software Livre?
    Java roda em mais de uma plataforma, e eh um padrao da SUN, com mais de um interpretador no mercado (varios deles pagos)…

  2. Patola disse:

    Ah, essa não! O sujeito agora faz um post com linguagem rebuscada pra se evadir da besteira monumental que fez, de dizer que o governo queria obrigar o uso de software livre pra declarar imposto de renda? Não admite que MENTIU descaradamente e espalhou pavor? Muda de assunto querendo explicar “por que software livre não é bom sempre”, quase como se fosse um grande conciliador e não um troll atirador de pedras!

    É muita hipocrisia! E ele omite dados importantes do texto – por exemplo, no que um monopólio imposto por estratégias forçadas de mercado é melhor que um uso (não monopólio) obrigado pelo Estado em SEUS órgãos, *quando o software é adequado*?

    Muito sofisma, muita apelação pra autoridade, muito blablablá e até ofensas para quem discorda dele (“mas para qualquer empresa e indivíduo que quiser deixar de lado o radicalismo e passar a trabalhar efetivamente em prol de algo.” – quem discorda dele é radical e vagabundo, olhem isso!). Argumentos, mesmo, há poucos, todos nas páginas do livro do sujeito da IBM; mesmo esses, no entanto, são conselhos genéricos sobre aplicação de uso do software livres no mundo dos negócios (e cabe lembrar que o governo não está no mundo dos negócios – ele não é uma empresa e seu objetivo NÃO É maximizar os lucros). Diz sobre os governos que a obrigatoriedade do software livre pode atrapalhar o desenvolvimento do software proprietário, sem citar outras conseqüências (por exemplo, que baseado nisso, algum modelo de negócios de incremento do software livre existente apareça). Bom, não vou entrar mais no mérito, qualquer um pode pegar textos de um “lado” ou do outro e tentar empurrar a discussão para outro lugar. Quando eu tiver um scanner, quem sabe escaneie algumas páginas dos meus livros.

    De novo: cresça, rapaz. E aí, já aprendeu a verificar a fidedignidade de suas fontes antes de postar suas besteiras?

  3. Alex Hubner disse:

    Leo, o software de IRPF em Java é usado frequentemente (faça uma busca no Google) como exemplo de iniciativa de sucesso do nosso governo na área de “software livre”. Como sabemos isso é um paradoxo e uma propaganda enganosa pois Java não é uma plataforma livre, e ninguém tem acesso ao fonte deste programa. O que o governo fez (e tem seu mérito) foi simplesmente tornar possível se declarar o imposto em outras sistemas operacionais (livres ou não) como o Linux e o Mac.

    Muitos confundiram minhas opiniões e argumentos. Eu não sou contra o software IRPF que tem como maior mérito o fato de ser multi-plataforma, em absoluto. Sou contra um produto muito ruim e que custou muito caro para o bolso do contribuinte, que foi justamente o caso do IRPF 2004 em Java (não sei como está a última versão, incluindo custos de desenvolvimento), por isso esta observação pode estar ultrapassada, adianto. Trabalhei por tempos do lado da Summa, empresa que fez o IRPF em Java em sua primeira versão, tentei usá-lo em Linux e Windows e, comparativamente à versão exclusiva para Windows era uma droga, quase inusável e com uma série de bugs e problemas mesmo para um usuário de computadores acostumado como eu, coisa natural em um programa imaturo e com muito chão para andar. Mas…. esse não é a questão. A questão (e que me faz crer/generalizar para outras iniciativas simulares, assim como o governo o faz, ao eleger o dito cujo como garoto propaganda) é que foram gastos mundos e fundos para desenvolver esta versão em Java, de forma prematura e rápida, apenas para satisfazer uma pequena parcela de usuários que começou a questionar e cobrar do governo uma alternativa à versão em Windows (quem acompanhou o caso sabe). O problema é que para satisfazer estes 0,5% da população usuária de computadores (a maioria Mac e Linux que poderiam muito bem ter declarado de outra maneira, incluindo via Internet – no caso de declarações modelo simples), gastou-se muito mais do que o razoável. O gasto (em 2003-04) de desenvolvimento com aquela versão foi desproporcional para o número de usuários atingidos/beneficiados. Uma “elite” que foi previlegiada com o parco dinheiro público. Minha opinião é que poderiam ter esperado um pouco mais (incluindo economia de recursos) num projeto melhor planejado e estruturado para 2005 (ano base 2004). Em outros posts eu comento sobre o assunto, dê uma procurada na ferramenta de busca do blog.

    Muito mais do que um exemplo de atitude pró-software livre (mas usando software proprietário…), o IRPF em Java que apesar de ser uma boa idéia, é um exemplo típico do atropelo com qual as coisas tem sido tratadas. Um exemplo do que um governo é capaz de fazer para atender uma minoria barulhenta e alinhada com interesses político de alguns membros do alto escalão deste governo, entre eles Sergio Amadeu: torrar uma bela grana apenas para tentar provar e satisfazer uma ideologia, uma idéia, uma opinião, ainda sem grande penetração e justificativa se tomarmos o universo, numérico, de declarantes no nosso país. Uma minoria foi previlegiada, ponto final. Isso é justo com o nosso dinheiro? É preciso uma semente? É preciso quebrar paradigmas, monopólios, previlégios? É preciso uma versão multi-plataforma? É preciso partir de algum lugar para mudar o que está aí? Claro que sim, mas não desta forma, não como tem sido feito… este é o ponto.

    Não vou entrar no mérito do pirata ou não, isso não vêm ao caso. Pirataria se combate de outra forma, com outras atitudes e principalmente: redução de impostos (de importação inclusive) abusivos, coisa que o governo não quer fazer.

    Pura e simplesmente: uso racional do dinheiro público. De idéias e viagens ideológicas estamos cheios. Pontes no meio do nada, ligando nada a nada. Governos que entram e mudam tudo, só porque era “do outro governo” inimigo… O começo poderia ter sido diferente, estruturado e concreto, não baseado em decretos, que são derrubados na mesma facilidade em que são criados. A pressa para fazer “a coisa acontecer” é grande, os interesses em imagem e “mostrar trabalho” são fortes, mais ou menos como obras em época de campanha eleitoral.

    Concordo com a questão do monopólio da Microsoft, mas não é com uma obrigatoriedade que se quebra um monopolio. Monopolios se quebram com o próprio mercado, não com decretos. Ao se fechar, adotamos uma postura que já se mostrou furada: a de se isolar e de se fechar, inclusive aos que usam SL de forma comercial (Red Hat, IBM e tantas outras). Ao permitir a livre concorrência entre soluções livres e proprietárias, combatendo obviamente os monopolios abusivos (de ambos os lados – eu não quero uma Petrobrás do SL no Brasil não), estamos fazendo um bem muito maior do que simplesmente restringir a livre concorrência em mérito técnico e econômico. Cada caso é um caso, cada problema demanda uma solução diferente, que pode estar do lado livre ou proprietário, isso é mero detalhe. O que importa são as funcionalidades, a segurança e o retorno dado ao seu negócio, mesmo que o seu “negócio” seja governar um país.

    Acho muito mais viável, por exemplo, o Governo incentivar a adoção de outras soluções (incluindo as não-proprietárias) reduzindo impostos e usando práticas de incentivo diversas (veja o pedaço do livro que postei acima). Obrigar definitivamente não é um bom caminho, é isso que prego.

  4. Alex Hubner disse:

    Patola, ao que me consta (por favor me corrija se estiver errado) o ITI fez manobras para extinguir a versão em Windows do IRPF e emplacar a feita em Java (que como sabemos iria gerar muita dor de cabeça entre os 99,5% de usuários – todos ignorantes né? – de Windows – piratas ou não – não é esse o mérito), obrigando-nos a usar a versão “livre” (que de livre não tem absolutamente nada, inclusive no instalador – InstallShield e componentes diversos) do software. Não é a toa que o MF vetou completamente esta idéia um pouco (diria MUITO) prematura e impráticável.

    Ao invés de falar tanto, porque não se engaja (afinal, software livre é feito por uma comunidade, certo?) na melhoria, por exemplo, da usabilidade desta versão do IRPF? Ué? Não pode? Por que? Não é “livre” e aberto à colaboração de todos?…. Ahhh. Ok, desculpe, era apenas propaganda institucional (e mentirosa) do governo, que teima em colocar uma cortina de fumaça ao definir software livre e suas ações em prol do mesmo – http://www.softwarelivre.gov.br/noticias/irpf/view – quando o governo diz “software livre”, temos que tomar o cuidado para não confundirmos com “multiplataforma” (bem diferente de ser livre). O ColdFusion Server é multiplataforma. Roda em Linux, Solaris, Windows, MacOS, AIX, Mainframes da IBM e se bobear até em geladeiras, mas nem por isso é livre – o que não é nenhum problema para mim e muitos usuários (incluindo o governo), uma vez que a Macromedia, assim como a Sun faz com o Java, tem um ótimo trabalho em manter a coisa nos trilhos e desenvolver a tecnologia de forma satisfatória, ética e honesta. Detalhe: apesar de existirem interpretadores de CFML livres e gratuítos e/ou apenas gratuítos, continuo usando uma versão proprietária do mesmo pois ela é muito superior e traz, na solução completa, um retorno e economia maiores. Se software livre é a resposta, por favor me diga qual é a pergunta – Um debate sobre o Java aberto – http://br.wired.com/wired/tecnologia/0,1155,15140,00.html

    O detalhe é que o IRPF em Java, além de não ser livre, não foi feito pelo governo (que diz que a grande vantagem é a liberdade que ele terá em alterar fontes e criar soluções próprias internamente), mas sim pela Summa Technologies, Inc – http://www.summa-tech.com que embolsou uma grana se não maior, do mesmo patamar dos “vilões” que vão até Brasília tentar vender algo licenciado, proprietário… Muda apenas de endereço? Casa de ferreiro, espeto de pau?

  5. Paulo Morgado disse:

    Software Livre, livre de licença para instalação, para distribuição, para acesso ao código fonte, para alteração, recompilação, livre, livre, livre…

    Por que um decreto obrigando o uso de Software Livre? Por que tanto interesse no Software Livre? Se é Software Livre, a opção, escolha não deveria ser igualmente livre? Será que no Brasil, agora, um pré-requisito para ser programador será ser político, ou deveria ser o contrario?

    O pior cego é aquele que não quer ver o que está se passando! O governo está apostando, é uma jogada, é mais uma forma de iludir o povo e por baixo do pano lucrar muito com tudo isto! Não há ideologia, não há consciência cívica, não há participação leal.

    Os políticos no Brasil não tem competência nem para exercerem seus mandatos com dignidade, quanto mais para lidarem com um assunto que desconhecem em sua maioria. Querer lançar um computador a um custo de R$1.400,00 chamando de PC Popular, é mesmo achar que todos os brasileiros são idiotas!

    Comunidade Pró-Software Livre, não é nenhum governo vagabundo ou revista elitizada paga que vai sustentar ou quebrar o movimento, e sim nós.

    A tática do rolo compressor que o governo federal adota para o caso do SL recebe aplausos entusiasmados da comunidade, isso enquanto as ações lhe são favoráveis. Quando esse governo passar a governar por Decreto (como tentam agora e como já foi feito quando os militares fecharam o Congresso), quando essa aberração se tornar trivial “em nome do interesse público”, e isso lhes tolher direitos, imagino que vocês não vão reclamar, certo?

    Não sei se todos aqui têm idade suficiente para se lembrar do imbróglio institucional que tivemos dos anos 60 aos 80. Governava-se pela força, em nome da “segurança nacional”, dos “interesses nacionais”, do não-sei-o-quê nacional e de outros predicados ufanistas que casavam bem com os governantes da época. Sarney/Collor/Itamar/FHC trataram de afogar o “Eu te amo meu Brasil”, deixando o povão meio ao Deus-dará, sem ideologias. Mas agora acharam outro bode pra imolar: devemos porque devemos aceitar tudo que se pretende desde Brasília em nome do não-sei-o-quê Social. “É de interesse social?” Manda uma Medida Provisória! (o Decreto-Lei do Médici com nova roupagem) “Atende aos interesses dos menos favorecidos?” Solta um Decreto sem fulcro em Lei nem na Constituição!

    Situação perigosíssima essa que vocês andam a aplaudir. Uma hora essa maré vira. Tudo em nome do Social. E quando esse momento chegar, sofra calado. Não vá denunciar na Veja.

  6. Alex Hubner disse:

    Me esqueci de comentar algo. Não é de hoje que tenho este discurso anti-imposição. Não foi para me “evadir” de uma suposta “besteira monumental” ou qualquer coisa do gênero que tenha feito. Meu intuíto único e exclusivo é mostrar que a insatisfação com as atitudes autoritárias, incluindo na área de software, do nosso governo, está tomando proporções maiores que os blogs (como este) e listas de discussão especializadas, chegando à revistas de grande circulação nacional (não julgo o mérito e a qualidade da revista, ela é notória e conhecida, pronto). Caso não fosse, essa atenção toda não existiria.

    Até agora, em mais de 60 comentários (sem contar os inúmeros de baixo calão, ignorantes e candidados à deleção), nenhum crítico chegou perto de fazer uma crítica construtiva à esta questão dos decretos em prol do SL. Ninguém negou, com fatos, que o governo está errado em impor isso. Ficam apenas na concordância e discordância pessoal, mostrando que muitos aqui pensam apenas no próprio umbigo e no que lhe interessam no momento. Enquanto isso as consultas públicas sobre software livre vivem às moscas – – http://www.governoeletronico.gov.br/consultas/consultas/dsp_consultarealizada.wsp e http://www.governoeletronico.gov.br/consultas/consultas/dsp_consultaativas.wsp, evidenciando a clara falta de vontade em se discutir algo decentemente (inclusive por parte do governo, já que é mais fácil impor) e sem qualquer colaboração da “comunidade”, que vive enfiada em locais onde está proibida qualquer forma de contestação, qualquer idéia contrária ou questionadora desta atitude do governo, afinal, se estão defendendo SL, que se foda como, importa o quê… (os meios justificam os fins). Software livre me interessa igualmente, mas nem por isso acho que o governo deva ser autoritário e obrigar alguma coisa, mesmo que seja internamente. Opinião pessoal baseado em histórico e percepção própria. Tem uma diferente? Diga qual é, de preferência embasada em exemplos práticos e conhecidos, tal como uso para o caso do IRPF.

    O Governo é nosso, não é dos governantes. Temos que questionar políticas públicas sim senhor. Triste de quem diz que o governo tem legitimidade para impor qualquer coisa e aceita isso de forma calada e conformada, só mostra o quão preparado está para viver sob uma pseudo-ditadura em nome do social. O governo é golon, tem dupla personalidade, isso é conhecido por todos. Leitura recomenda – http://www.geocities.com/cronistaarnaldo/sov.htm.

    FUD funciona dos dois lados. Um pregando a ruptura irresponsável e imediata em nome do social, do nacional, de um monte de coisas, outros dizendo que isso é loucura, que o custo não compensa, etc, etc, poucos discutem fatos e coisas concretas, e a insatisfação cresce a cada dia, com cada um tentando se encontrar em algum dos lados. Eu fico no centro, aqui é melhor, é mais útil pois lanço mão do que há de melhor dos dois lados.

    Aviso: o próximo comentário com críticas pessoais e sem aderência ao assunto discutido aqui (vou repetir: ADOÇÃO DE SOFTWARE LIVRE NO GOVERNO BRASILEIRO) será deletado e os comentários do post fechados. Autoritarimo? Sem dúvida alguma. Me baixou o espírito governamental de ser.

    Discordem de mim, por favor, mas o façam com argumentos decentes e, principalmente: FATOS. Estou aberto à mudanças de opinião. Hoje ela é a de que o nosso governo está metendo os pés pelas mãos, inclusive prejudicando o SL. Contudo para mudar, preciso ser convencido de tal. Até agora nada, só blá, blá ativista e partidário. Isso aqui não é campo de futebol nem debate religioso de TV.

  7. Kenzo disse:

    A questão toda é sobre a obrigatoriedade do software livre imposta pelo governo, certo?

    Bom, concordo plenamente que a imposição é algo ruim e ditatorial, e não condiz com o correto funcionamento de uma democracia. Porém, fico imaginando… se fosse apenas incentivado o seu uso pelos órgão públicos. Será que seriam adotados? Será que os governantes adotariam adequadamente, pesando corretamente prós e contras (gastos com licenças, dependência de fornecedores, treinamento)? Talvez muitos deles pensem: “afinal, para que mudar se já está funcionando?”.

    Mas sei lá… é apenas a minha opinião.

    Ah, Alex, você acha que a utilização de software livre por parte do governo (principalmente em desktops, que é onde eu imagino que se gaste mais com licenças) é uma boa medida? Teve tanta opinião aqui que eu já nem sei direito qual é a sua :-).

  8. Luis Barini disse:

    Alex,

    Estou acompanhando esta discussão sobre este artigo tão polêmico desde o início, mas preferi não fazer nenhum comentário, já que tinha certeza absoluta que isso acabaria em uma batalha com uma enxurrada de comentários, pois na minha opinião você já começou errado ao tentar utilizar um artigo tão fraco como o da “Veja” para meter o pau no governo mais uma vez.
    Mesmo não querendo entrar nesta batalha, gostaria de saber como você chegou a conclusão que o governo está obrigando os órgãos públicos a utilizarem programas livres??? Já que não é isto que o último decreto desenvolvido pelo governo está afirmando.
    Bem, para esclarecer esta questão, vamos aos fatos realmente verdadeiros. O governo do Lula vem tentando a quase dois anos convencer os órgãos públicos a migrarem para o software livre, tendo infelizmente encontrado uma grande resistência. O que levou este governo a adotar uma política mais agressiva, ao desenvolver um decreto que passa a exigir uma justificativa de cada órgão para continuar utilizando os programas pagos, ou seja, em hipótese alguma o governo esta obrigando os órgãos a trocarem todos os seus programas pagos por programas livres, já que existe a opção de continuar utilizando os programas pagos. Tenha em mente que obrigar é quando você não dá uma outra alternativa, por exemplo, veja a sua própria atitude na primeira versão deste artigo. Você bloqueou os comentários, obrigando todos os seus leitores a permanecerem calados, pois não existia nenhuma possibilidade de se realizar um comentário, já neste artigo, você decidi que todos podem fazer seus comentários, mas nenhum comentário pode conter criticas pessoais, caso contrario será excluído. Consegue perceber como existe uma enorme diferença entre as suas duas posições? Repare que agora o leitor não é obrigado a permanecer calado, pois existe uma opção para que ele realize um comentário.
    Eu considero a atitude do governo 100% correta, pois os órgãos públicos deixam de utilizar os programas livres por puro comodismo, já que é muito mais fácil continuar a utilizar o que já esta instalado e que todos conhecem, do que realizar uma migração para outra plataforma, afinal, quem paga os custos das licenças são os contribuintes. Só para colocar um pouquinho de pimenta nesta discussão, eu posso afirma com certeza absoluta, que se os custos das licenças fossem repassados para os servidores, não estaríamos discutido isso, pois todos seriam a favor desta migração.
    Se ainda não te convenci com os meus argumentos acima, gostaria de dar outro exemplo. Como o tema principal do seu site é ColdFusion, é fácil perceber como é importante ter uma justificativa para se utilizar um programa pago, já que todo o profissional que trabalha com ColdFusion, já deve ter explicado para algum empresário porque utilizar o ColdFusion ao invés de uma linguagem livre (PHP e etc). Ou seja, se nós simples mortais temos que ter uma justificativa para se utilizar um programa pago, porque um órgão público não pode ser obrigado a dar uma justificativa? Afinal, o órgão público está trabalhando com o dinheiro do contribuinte, nada mais justo que obriga-lo a justificar um custo, se existe uma possibilidade de realizar o mesmo serviço de graça. Mas pense bem, é difícil conseguir justificativas para utilizar o ColdFusion? Eu acho que não é necessário nenhum gênio para isso. Ou será que é necessário um Weisten para se justificar o uso de um banco de dados Oracle? Agora, arrumar uma justificativa para se utilizar o Windows e Microsoft Office em um computador utilizado somente para desenvolver textos e planilhas simples é realmente muitíssimo complicado, isso certamente é tarefa para um ser iluminado.
    Antes de finalizar gostaria de realizar uma pequena comparação. O que o governo está fazendo é o mesmo que tentou fazer com a lei para “transplantes de órgãos”. Veja, inicialmente quem quisesse ter os seus órgãos doados tinha que manifestar a sua vontade, pouquíssimas pessoas tiveram esse trabalho, obrigando o governo a adotar uma política mais agressiva, o que resultou em uma nova lei, na qual todos os brasileiros passaram a ser um possível doador, obrigando os que não são favoráveis a esta lei, manifestarem sua vontade. Como resultado, a impressa caiu em cima fazendo o mesmo que você está fazendo agora, afirmando que o “governo está obrigando todo mundo a doar órgão”. Você acha isso certo? Concorda comigo que se existe outra alternativa não podemos informar que é obrigatório, e sim, opcional?
    Alex, sem querer ser chato, mas acho que você está sendo muito radical ao atacar o governo com um argumento que não é verdadeiro. Tenho certeza que você vai afirmar que o governo não vai aceitar nenhuma justificativa, mas cá entre nós, sabemos que isso não é verdade. É obvio que o justificativa deve ser boa, pois o governo tem preferência por programas livres, mas não vejo isso como algum ruim, afinal, nos Estados Unidos, a pátria da Microsoft, os principais órgãos públicos, inclusive a Casa Branca, o local de trabalho do presidente George W. Bush, operam com softwares livres. O Brasil não está dando um passo para trás, está na verdade fazendo o que vários paises de primeiro mundo já fizeram. Se não for adotada uma política mais agressiva, vamos continuar com programas pagos, a prova disso são os dois anos que o governo perdeu esperando que os órgãos públicos tivessem consciência que é necessário essa migração.
    Lembre-se, meu caro Padwan, nunca use a raiva para tentar justificar algo, pois ser intransigente é um caminho para o lado sombrio (não registi a oportunidade de dar uma de mestre Yoda).

    Espero ter mudado a sua opinião, ou no mínimo mostrado aos seus leitores a posição do governo.
    Abraços
    Luis Barini

  9. Alex Hubner disse:

    É boa sim Kenzo, desde que seja adequada como solução e se preste ao que se precisa. Na minha opinião, para um usuário cujas necessidades são navegação de internet, emails, suíte de escritório e afins, o linux em desktop está ótimo. Para alguns programadores menos experimentados e a imensa maioria de designers gráficos, editores e afins, o Linux em desktop ainda não é viável, Mac e Win ainda são alternativas melhores tecnicamente e economicamente, não pelo seu sistema em si (que no Windows é bem problemático, apesar das inúmeras melhorias no WinXP e 2003 Server), mas pelo suporte à softwares de qualidade destas áreas como os da Adobe e tantas outras (Borland, MS, Macromedia, etc). Assim como LAMP (Linux, Apache, MySQL, PHP/Perl/Phyton) tem se mostrado um conjunto ótimo para soluções web, o linux em desktop pode ser ótimo para determinadas soluções e casos. Post antigo onde falo exatamente isso (apesar de ser com uma distro de grife, não obtida de forma gratuíta) – http://www.cfgigolo.com/archives/2004/04/sun_java_deskto.html

    Eu acho que a idéia da comodidade atinge todos, independente da plataforma. Se tivéssemos o inverso (um histórico de software livre e uma imposição de software proprietário, de uma hora para a outra) a reação seria a mesma: para quê mudar se já está funcionando?.

    A pergunta que se deve fazer é: “precisamos mudar alguma coisa?” Se a resposta for “sim” ou “não, mas em breve sim”, saia ao mercado procurando soluções (e não políticas). Além de não ajudar a resolver este problema, o governo está criando outro, uma vez que restringe o leque de opções somente às soluções abertas, que, repito, podem ser adequadas ou não a cada caso. Tem muita porcaria open source por aí. Não é o tijo que faz a casa, mas o seu projeto, a sua segurança, a sua funcionalidade e o conforto e tranquilidade que dará ao seu dono/usuário. Você escolhe uma casa pelas suas características, não pelo tijolo que ela foi feita. Tijolo “bom” e tijolo “ruim”? Isso é MUITO relativo. Existem softwares proprietários bons e ruins, a mesma coisa vale para os livres. Misturar política, misturar religião e outras coisas, sejam em negócios ou administração pública não dá certo. Ética e respeito ao bolso é que valem, o resto é proza.

  10. Alex Hubner disse:

    Luis, atualmente estou trabalhando para um órgão do governo e sei o que se passa lá dentro e por isso te digo: muitos radicais do governo não vão dar ouvidos à nenhuma justificativa pois vão estar amparados pela Lei, que é dúbia. O governo não obriga explicitamemte, mas força excessivamente isso na medida em que a questão do “equivalente” e da “justificativa” é muito genérica e dá margem para interpretações. Quem é que vai julgar tais justificativas? Um cara isento e técnico realmente competente para saber o que é melhor? O governo tem um histórico de coisas bem feitas no que diz respeito a julgar alguma coisa de forma limpa e honesta? Especialmente se esta envolve dinheiro e contratos milionários (que sinto em dizer, continuarão existindo com empresas como IBM, HP, Intel, distros diversas de Linux, que oferece soluções “livres”). O dinheiro vai mudar apenas de mãos, a prática vai continuar sendo a mesma.

    Se quem julga atualmente estes contratos, estas soluções – vide caso dos Correios – e for julgar no futuro for um estúpido que aceita propinas para emplacar uma solução em detrimento da outra este é um OUTRO problema, que não será resolvido, em absoluto, pela adoção do SL. Para mim esta é mais uma tentativa “bem intencionada” do nosso governo em querer controlar tudo. Já tivemos os exemplos da ANCINAV para dizer o que a imprensa pode ou não publicar, da tentativa de saber de antemão os resultados de pesquisa do IBGE. Não concordo com tanto controle e tanta falta de liberdade, besteirol estatal e ultrapassado. Quem decide que tecnologia usar são seus requisitos básicos e o usuário final (incluindo nós), dentro de regras bastante claras e justas (segurança, estabilidade e afins), mas agora que vai decidir isso são fazedores de lei, secretarias disso e daquilo à mando de interesses políticos e econômicos (como sempre). Em nome de ideologias ou de interesses comerciais, ambos são atitudes abjetas e estúpidas e o SL não vai melhorar/corrigir em nada isso. Querem mais uma vez estatizar e controlar o que não se deve controlar. Leia – http://www.ternuma.com.br/sovieticos.htm, vale a pena e tem a ver com o que digo e estou falando há tempos! O Jabor é um tosco muitas vezes, mas outras fala boas verdades.

    Com a tal “justificativa”, fica difícil, por exemplo, justificar que determinada autarquia pública deva continuar usando software proprietário simplesmente porque tem uma experiência satisfatória com este. Ele não poderá ser usado se existir uma solução aberta que faça a mesma coisa. A justificativa não leva em consideração o mérito técnico, o “isso faz melhor aquilo do que aquele outro”. Li e interpretei desta maneira, pode ser que esteja errado na interpretação, por isso peço os comentários. Vai por água abaixo anos de relacionamento com uma determinada tecnologia, anos de treinamento e convivência com esta e todo o investimento prévio (no melhor estilo muda governo, apaga tudo e começa do zero, só porque é do outro governo). Obrigar dizendo “vamos consultá-los” é muita inocência, é não conhecer o que se passa nos bastidores do governo.

    Como você sabe, gosto usar como exemplo o ColdFusion Server na esfera governamental: muitos ministérios usam com sucesso esta tecnologia proprietária da Macromedia, mas como o PHP (que é “aberto”), faz a mesma coisa (tudo bem que é no dobro ou triplo do tempo), eles serão obrigados a usar PHP e pronto, mesmo que isso implique em custos elevados (muito superiores aos de licenciamento) em tempo de desenvolvimento, treinamento e manutenção, sem falar na migração. E isso está acontecendo right here, right now. Converse com qualquer um que esteja dentro do governo passando por esta situação, sem poder “justificar” nada. É PHP com MySQL e pronto. Demora mais, gasta mais dinheiro no longo prazo, mas não dá dinheiro para aqueles yankees safados! como se, ao pagar por suporte oficial do MySQL e de outras soluções – pois o governo é que nem pato, que voa mal e a cada passo dá uma cagada) não estivéssemos fazendo exatamente isso. De novo: muda apenas de endereço. E antes que algum preconceituoso engessado diga: está defendendo a tal “imparcialidade” apenas porque programa em CF. Não… Sinto em dizer: programo em PHP também. A diferença é que, levo o triplo do tempo para fazer algo em PHP do que em CF. Como trabalho por hora, melhor para mim e para todos os outros que vierem prestar serviços em cima da ausência de uma licença. E isso não está ligado à proficiência na linguagem. No caso de CF vs. PHP vários estudos – leia o gigolo e procure sobre isso – provam que a curva de produtividade é bem maior neste primeiro, independente da proficiência da equipe em determinada linguagem.

    Segurança nacional? O país mal cuida de suas fronteiras, vai fazer isso com seus softwares primeiro? (como se o governo tivesse capacidade técnica e tempo para isso)… É preciso mais foco, é preciso mais pé no chão. De segurança nacional estamos fartos de teorias da conspiração. Aqui algumas minhas, pensando pelo outro lado (do que é possível se fazer de mal com SL): http://groups-beta.google.com/group/arqhp/msg/17ec583946dc184e?hl=pt-BR (leia inteiro se possível).

    Doação de órgãos não tem muito a ver com o peixe, mas entendi a comparação, acho que você pode ter razão (e o governo também), especialmente por ser por uma “boa causa”, mas será que vai funcionar? A doação de órgãos não é um exemplo muito feliz pois o sistema não surtiu os efeitos desejados, funciona vezes sim, vezes não (tenho um conhecido na fila de transplante).

    Sobre ter fechado o post: críticas pessoais e boçalidades são uma coisa (e aquele post estava ficando cheio demais daquilo), críticas construtivas e que oferecem alguma luz à discussão é outra completamente diferente. Isso eu não bloqueio. Ao decidir que é hora de encerrar uma discussão que tomou um rumo inútil (ou você acha realmente que dali sairia algo de bom depois do desfile de ignorância e falta de respeito pessoal? Sim, muitas mensagens se salvam, eram boas, mas o grosso muito ruim, pobre, trollismo puro). Não é uma medida muito popular, é verdade, mas cessa a enxurrada de besteiras que estavam sendo postadas, com ataques pessoais e desvirtuados do assunto. Esta é a vantagem de ser “dono” do lugar, você decide a hora em que ele fecha ou um local mais adequado para que determinadas discussões possam acontecer. Como participante de listas de discussão você sabe bem que este é o papel de um moderador. Num blog cheio de comentários não é muito diferente. Você acha que eu devo abrir a discussão novamente? Sério?

    Se o problema fosse comigo, bastaria fechar os comentários de todos os posts, excluir tudo aquilo que não me agradava e pronto, estava instaurado a ditadura, mas não foi isso que fiz. Qualidade nas discussões (como esta), só isso.

    Sobre a adoção de SL em outros países: a diferença é que nestes paises a adoção ocorre de forma natural, não é forçada. Aqui deveriamos pensar em algo semelhante, não?

  11. Patola disse:

    Respondido ao Alex em:

    http://linuxfud.org/?q=node/134#comment-218

    Não colo o comentário aqui porque ficou longo e com tags em HTML.

  12. Luis Barini disse:

    Alex,

    Como diria Jack, o estripador , vamos por partes (sei que esta frase é mais velha que a minha avó, mas não resisti a tentação).
    Primeiro, você afirma que “Li e interpretei desta maneira ”, isto é realmente verdade? Pois não existe nada afirmando que o governo está obrigando os órgãos públicos a utilizarem programas livres. Muito pelo contrário, a própria lei de Licitações (Lei 8666/93) afirma que ao se adquirir um produto ou serviço, o órgão público deve garantir o principio constitucional da isonomia, selecionando a proposta mais vantajosa para o órgão público.
    Pelo que pude entender na sua resposta, você acredita que a migração será feita na marra, sendo que nenhuma justificativa será aceita. Essa conclusão não pode ter vindo de nenhum decreto ou lei, e sim da sua opinião pessoal, algo que não deveria ser uma verdade absoluta no seu site.
    Posso te dar um conselho de amigo, se você quer utilizar a sua opinião pessoal, tenha argumentos fortes para isso. Digo isso por experiência própria, pois trabalhei por mais de 3 anos escrevendo para o site “Clube do Hardware” e sei o quanto uma opinião pessoal sem argumentos realmente fortes é desastrosa. Basta ver quantas críticas você está recebendo ao se basear no artigo fraquíssimo da Veja.
    Segundo, você fez a seguinte pergunta: “Quem é que vai julgar tais justificativas? Um cara isento e técnico realmente competente para saber o que é melhor?”. A minha resposta é: obviamente que não, na maioria dos casos vai continuar sendo um engravatado que se considera o rei da cocada. Mas… será que atualmente é diferente? Ou seja, atualmente quem julga qual linguagem devemos utilizar em um órgão público ou até mesmo em uma empresa privada é um técnico conhecedor de várias tecnologias? Consegue perceber que com decreto ou sem decreto, a preferência por programas livres já é uma realidade, seja em empresa pública ou privada.
    Eu particularmente acredito que qualquer engravatado burro (sou contra terno e gravata sim e dai, risos) saiba julgar duas coisas básicas, quanto vai gastar e o tempo para se realizar um projeto. O que é mais do que o suficiente para manter o ColdFusion ou outros programas pagos, que sejam realmente bons, em qualquer órgão público. Se o programa não consegue ser eficiente em um destes dois princípios, o engravatado tem todo direito de enfiar guela a baixo um programa livre no órgão público ou em qualquer empresa privada. Principalmente em um órgão público que as licenças são adquiridas com o dinheiro do contribuinte.
    Você provavelmente vai voltar a sitar o caso dos Correios, afirmando que existe corrupção. Bem, ai já é outra história, pois se o governo deixar de fazer algo porque existe corrupção, esse país nunca vai evoluir.
    Concordo com você que a coisa não vai ser tão linda e maravilhosa como está no papel, mas não acho justo afirmar que o governo é “pseudo-socialista e neo-liberal (esquizofrenia pura)” justamente quando esta tentando fazer algo válido.
    Penso da seguinte forma, se o governo não tivesse tentado colocar os programas livres por quase dois anos sem forçar a barra, eu certamente estaria compartilhando da sua opinião, mas a realidade não é esta, já foi feita esta tentativa e não deu certo. Alias, esse pensamento que programa livre deve ser utilizado já é velha, mesmo no governo do FHC existia essa visão, ou seja, essa idéia não é uma visão do PT. Como exemplo posso citar a reunião do grupo java de Brasília, que se não me falha a memória aconteceu a quase um ano atrás. Nesta reunião estavam presentes alguns deputados apoiando o grupo por ser uma alternativa a programa livres, sendo que nenhum destes deputados eram do PT, muito pelo contrário, eram justamente a oposição, com destaque para o senador Paulo Otavio que fez até discurso.
    Alex, sabe porque a comunidade de programas livres está conseguindo fazer tanta pressão? Porque possuem bons argumentos, porque finalmente conseguem ter representantes que saibam discutir seriamente o assunto, entre outros motivos… Se quisermos fazer pressão para continuar a utilizar programas pagos (como o ColdFusion), temos que agir da mesma maneira (sermos racionais). Ficar afirmando que o governo não presta, que o Lula fazia “oposição burra e insensata” e etc, não vai ajudar em nada. Muito pelo contrário, vai tirar todo o crédito de pessoas que realmente querem discutir o assunto seriamente. Pense bem, as comunidades de programas livres a algum tempo atrás eram motivo de piada, justamente porque queriam impor de qualquer forma os programas livres. Será que vamos cometer o mesmo erro com críticas fracas como da Veja ou o seu próprio artigo? Como você mesmo disse “continuarei metendo o pau naquilo que me tange e que não me agrada”. Cuidado, hoje você tem o respeito de vários profissionais, mas se continuar com esta atitude vai acabar caindo perdendo esse respeito. A propósito morri de rir ao ler o artigo do Terracini informando aos leitores que existem autores diferentes. Putz, isso não seria uma maneira politicamente correta de afirmar “não tenho nada a haver com isso, pois quem escreveu o artigo foi o Alex”. My god…
    Para terminar, vou somente responder mais uma pergunta sua “Como participante de listas de discussão você sabe bem que este é o papel de um moderador.”. Negativo, não conheço nenhuma lista de discussão “séria” que a função do moderador seja bloquear a lista para evitar que os participantes façam críticas pessoais. A função do moderador é fazer exatamente o que você está fazendo agora, excluindo mensagens de baixo calão e etc.
    Conselho, leia o artigo abaixo, pois este artigo mostra muito bem que a principio nada vai ser feito na marra:
    http://www.softex.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=5560&sid=4

    Abraços
    Luis Barini

  13. Alex Hubner disse:

    Luis, discordo de você, ainda mais porque parece que você não entendeu meus argumentos (pois diz que faço coisas que não faço ou fiz) e se atém (supondo) coisas que não fazem muito sentido. Para tentar ajudá-lo a entender o que digo, leia a minha resposta ao Patola, que foca a questão que está sendo discutida aqui (você está errando como muitos aqui: achando que eu critico SL, quando eu não o faço).

    http://linuxfud.org/?q=node/134#comment-220

    Outra que vc. não entendeu: quando digo crítica pessoal, digo crítica à minha pessoa pura e simplesmente (como dizer que “recebi dinheiro” para criticar, que sou pau mandado, isso e aquilo). Quer criticar as MINHAS IDÉIAS, mande bala, agora ficar falando besteira sobre mim sem conhecer só para espinafrar e desviar a coisa não dá.

  14. Luis Barini disse:

    Alex,

    “ainda mais porque parece que você não entendeu meus argumentos (pois diz que faço coisas que não faço ou fiz) e se atém (supondo) coisas que não fazem muito sentido“

    Em momento nenhum disse que você é contra programas livres. Afirmei o que você mesmo já disse, ou seja, que é contra o governo (o que me parece claro no seu site, basta ler os seus artigos). O que estou defendendo é justamente a atitude do governo em querer utilizar programas livres, pois acredito que o governo brasilieiro está fazendo somente o que vários países já fizeram.

    “Outra que vc. não entendeu: quando digo crítica pessoal, digo crítica à minha pessoa pura e simplesmente…”

    Hum??? Escrevi justamente que: “A função do moderador é fazer exatamente o que você está fazendo agora, excluindo mensagens de baixo calão e etc”.
    Ou seja, “AGORA”, você está certo, certíssimo, absolutamente certo, corretíssimo…, o que sou contra é fechar os comentários, algo que me parece ser a sua opinião após repensar sobre o assunto, pois você acaba de reabrir os comentários.

    Enfim, o conselho está dado, se você quer continuar afirmando que o governo está obrigando a utilizar programas livres, lavo as minhas mãos…

    Abraços
    Luis Barini

  15. Alex Hubner disse:

    Luis, o que você achou dos comentários que fiz à resposta do Patola, lá no FUDLinux?

  16. Alex Hubner disse:

    O LinuxFUD está com problemas de acesso, por isso posto aqui partes da minha resposta à questão de o post mostrando a nota da Veja sobre o IRPF em Java ser um FUD ou não:

    Patola, tendo a concordar com você. Pode ter sido um FUD sim. Admito (usando a sua ótica, coerente IMHO) que trata-se de um FUD, especialmente por esconder fatos positivos e se ater aos negativos, que foi exatamente o que fiz. Não vejo problema algum ao citar a revista. Eu não discuti, julguei ou apoiei diretamente o conteúdo desta, apenas disse, muito claramente (ou não tão claramente), que a insatisfação com as atitudes autoritárias do governo (que eram as minhas também) estavam deixando a blogsfera e listas de discussão e entrando no mundão pop da Veja.

    Matéria comprada? Posso ser muito inocente, mas de teorias da conspiração já estou farto, acho que não é por aí. A Veja é claramente contrária ao governo, não precisa receber dinheiro para falar mal do mesmo (em qualquer área).

    Neste aspecto “negativista”, será que a comunidade open source não é muito mais geradora de FUDs do que a comunidade de usuários e apoiadores de soluções proprietárias? Vou ser focado, analisando apenas a questão da defesa cega, por parte da comunidade, das constantes tentativas do governo atual em emplacar SL. Isso, além de ser um insulto ao mercado – que parece ser ignorado por muitos que defendem o SL, é um insulto à sociedade sim senhor. Só traz prejuízos ao povo (econômicos, culturais e morais), os exemplos históricos (antigos e recentes são inúmeros). Impor, estatizar, sovietizar não é o caminho. Vide ex-União Soviética, vide Cuba, vide China, vide Venezuela (que não é uma ditadura, mas está quase lá): a imposição de políticas baseadas em ideologias em “nome do social” piora TODOS os índices sociais (quando estes são divulgados e não mascarados pela máquina de propaganda governamental – vide tentativas alopradas de controlar indiretamente os meios de comunicação e a cultura do nosso país – de novo: http://www.geocities.com/cronistaarnaldo/sov.htm). Isso é muito sério e começa devagarzinho. A boa notícia é que a democracia ainda existe e é preservada. Ano que vêm tem eleições e a gente põe para fora este governo. A estratégia de rolo compressor para o SL no governo está alinhada à estratégia de controle (sutil, mas eficaz se implementado) de várias outras áreas. Isso não é teoria da conspiração, basta ler os jornais todos os dias.

    O governo e suas “estratégias” socialistas (tal como várias outras conversas fiadas e projetos populistas, de cunho “social” transviado de ajuda humanitária) peca numa ítem básico, que foge ao assunto desta discussão, mas que vale a pena comentar: ajuda social efetiva e eficaz (não confundir com eficiente) resume-se (grosso modo) a dar subsídios para o cidadão a satisfazer suas necessidades por si só e com o seu próprio dinheiro – afinal vivemos num sistema capitalista. E nestes aspectos básicos, que fomentam e embasam qualquer melhoria social efetiva de um país, tais como educação, emprego, etc, nosso governo atual tem se mostrado um verdadeiro fiasco. Um fiasco idealista, utópico, sem falar contraditório (pois o governo acerta em várias outras áreas, como a econômica, por exemplo). Emplacar SL em nome do “social” (esquecendo-se totalmente do fator econômico) é querer fazer o mesmo que fizeram com o Fome Zero e outros projetos marcados pela ineficiência e pela corrupção: tentar alimentar uma população que (segundo dados do próprio IBGE) começa a sofrer de obsidade, ao invés de fome pura, definida pela OMS. São os famintos gordos.

    Só vejo críticas lascadas à Microsoft e a qualquer um (seja bem intencionado ou não) que faça venda software fechado, como se isso fosse um pecado mortal, como se software proprietário fosse sinônimo de um monte de coisas ruins e principalmente: como se usuários de software livre fossem filhos do demo, que ganham dinheiro sujo de Bill Gates ou qualquer baboseira do gênero. Respeito profissionais da minha área que usam software livre por mérito (eu mesmo uso estes, por mérito também), mas fico passado quando vejo um bando de garotinhos que compram a “Revista do Linux” na banca de jornal ou qualquer coisa do gênero e arrotarem sabedoria, SÓ porque eles usam SL (que, como sabemos, não é tão livre assim em muitos casos) e são apoiados por uma comunidade que só pensa no próprio umbigo (e defende a existência de trolls, mesmo que este estejam dentro do governo). Criou-se este estigma, esta imagem, esta bandeira transloucada e missionária. Bela b* de imagem. O pior é que ainda são tão loucos a ponto de defenderem medidas autoritárias de um governo, só porque este defende o seu querido SL. De novo: os fins não justificam os meios (e vice-versa). Usam argumentos em “nome do social” e caem bonitinho na conversa e propaganda estatal do governo. Quer um exemplo engraçado? Em 1997 eu estudava na USP, lá vivam (e ainda devem viver) uma parcela importante de pseudo-intelectuais revolucionariozinhos que pregavam o “social” acima de qualquer coisa. Gente com grana mesmo (afinal, na USP 80% são pertencentes aos 1% da parcela mais rica da sociedade), mas se borravam e protestavam furiosamente quando alguém propunha o pagamento de mensalidades para aqueles que podiam pagar. “Em nome do social sim, mas não venha mexer comigo não”. “Em nome do social sim, mas desde que esteja de acordo com os meus interesses e gostos pessoais”. Gosto de SL e o governo quer colocar ele à força? Jóia, tô dentro e defendo com unhas e dentes a idéia.

    Estes usam exatamente a mesma abordagem que você usa para definir FUD. Os exemplos são inúmeros, não preciso elencá-los. É difícil encontrar algum comentário mais sensato e ponderado em defesa do SL no governo (SL na forma imposta) que não caia na falácia de “pelo social”, pela “soberania nacional”, por isso e por aquilo. A resposta será bem simples: números do orçamento e índices sociais. Vamos ver se estes vão melhorar, pois até agora tem piorado e o orçamento cada vez mais inflado (para desgosto dos nossos bolsos de contribuinte). Impor jamais, never, jamás, jamé.

    Eu clamo pela imparcialidade, descendo a lenha (sendo ácido e as vezes injusto) justamente nos que são os ícones da imparcialidade e do radicalismo: a comunidade open source (não inclua aí todos, pois temos pessoas excelentes dentro desta comunidade) que faz uso da falta de liberdade de escolha uma defesa para uma suposta liberdade, uma suposta melhoria que, repito: só existe usando OS dois mundos, livre e proprietário, até que se tenha uma hegemonia técnica (ou não). Posso estar errado, mas os fatos e a experiência pessoal não deixam pensar de outra forma. Ainda precisamos de software proprietário sim senhor. “Justificar” o uso de software proprietário, como o governo quer fazer crer, está fora de cogitação. Escolhas precisam ser justificadas, sem dúvida, mas porque não “justificar” o uso de SL ao invés de proprietário também? Por que SL é unânimidade desta forma? Não é ideologia pura? Sabemos que tem muito lixo livre por aí, por isso, por que este tratamento diferenciado? Se precisa justificar alguma coisa, que se faça (e seja avaliado e julgado) da mesma maneira para ambos os casos. Sem essa de para um pode, para outro não. E sempre: SEM IMPOR NADA! Para não me alongar mais, teço outras observações sobre esta questão da “justificativa” (usada por muitos para dizer que o governo NÃO está obrigando o uso de SL em suas dependências) em http://www.cfgigolo.com/archives/2005/05/governo_e_softw.html#comments

    Agora a pergunta que ficou no ar:

    Por que o governo tentou matar o software IRPF para Windows deixando disponível somente a versão para Java? Seria isso sensato, neste momento? Ou seria apenas mais uma tentativa de querer “mostrar serviço” em emplacar uma coisa na força, para ter números para apresentar no final? O Ministério da Fazenda vetou a idéia (“aloprada” segundo a Veja), e vocês, o que fariam?

  17. Cid Marocci disse:

    Postado por Alex em 24/05/05 04:53 PM

    “Patola, ao que me consta (por favor me corrija se estiver errado) o ITI fez manobras para extinguir a versão em Windows do IRPF e emplacar a feita em Java”

    Meu caro, está é uma acusação séria. Seria interessante, para sua própria credibilidade, que você citasse a fonte desta informção. Ou mais uma vez você passará como leviano. Pessoalmente, não acredito neste absurdo.

  18. Luis Barini disse:

    Alex,

    Continuo discordando do seu ponto de vista, pois não tenho motivos para acreditar que o governo vai impor a utilização dos programas livres fechando os olhos para qualquer justificativa. Vamos analisar o próprio exemplo que você citou sobre o IRPF. Algum lunático tentou acabar com a versão para o Windows. Qual foi o resultado? O governo impôs a sua vontade ou bloqueou a proposta? O Resultado foi que o ministério da fazendo bloqueou essa proposta, correto? Percebe que vivemos em uma democracia e não em uma ditadura? Lembre-se que o governo não é somente o PT, existem vários outros partidos, inclusive no comando de ministérios.
    Comparar o governo brasileiro com a ex-União Soviética, Cuba, China e etc, não me parece nem um pouco sensato. Experimente abrir uma igreja cristã na China e você vai entender a diferença entre democracia e ditadura.
    Eu sinceramente não concordo com esse discurso que o governo não pode estabelecer regras, encarando isso como coisa de ditador. Na minha opinião toda sociedade precisa de regras, isso você pode ver claramente em países de primeiro mundo como o próprio EUA. Quer um exemplo, se a lei do transplante de órgãos fosse realmente respeitada, você provavelmente não teria um conhecido na fila de espera. E digo mais, o governo está sendo é muito bonzinho, eu teria colocado uma regra muito mais agressiva, quem não doa órgão, também não pode receber.
    Com relação a comunidade de programas livres, sou da opinião que houve uma evolução muito grande nessas comunidades, pois antigamente parece que só existiam radicais, sendo quase impossível realizar uma discussão entre Linux e Windows que fosse realmente produtiva. Repare que radicais ainda existem, mas considero isso normal, pois há radicais em qualquer área, até mesmo quando falamos de ColdFusion e Java, sai briga…
    Detalhe, odeio esse tipo de discussão, pois já perdi muito tempo tentando argumentar com radicais. Inclusive criei um argumento que me rendeu muita dor de cabeça, veja: “para aqueles que odeiam a Microsoft, tenham em mente que quando o Linux começar a ser mais utilizado que o Windows, podem ter certeza absoluta que a Microsoft vai renascer das cinzas com uma nova versão do Linux, isso mesmo, vamos ver muitas empresas utilizando o MS-Linux. Acordem, nenhum império cai do dia para a noite”.
    Alex, vou deixar a minha opinião ainda mais clara. Apesar de já ter tido outras discussões árduas contigo, na própria lista do CF-Brasil, admiro o seu trabalho, e mesmo fazendo críticas estou sempre vindo aqui ler os artigos, mas acho que as vezes você é muito radical, o que acaba tirando o seu crédito quando está fazendo uma afirmação correta, pois dá a impressão que você não passa de mais um radical.
    Enfim, para mim esse discussão acaba aqui, mas pense um pouco sobre o meu ponto de vista, afinal, você não acha que foi tão radical como aqueles usuários rebeldes das comunidades de programas livres ao tentarem impor a sua opinião com um FUD (que coisa mais besta essa termo)?
    Como diz o ditado, cuidado para não acabar tornando-se aquilo que estás combatendo.

    Abraços
    Luis Barini

  19. Alex Hubner disse:

    Luis, muito legal os seus comentários. Tens razão. Eu sou muito chato e radical as vezes. É que a minha bronca com o governo é tão grande que eu acabo esporreando para todos os lados.

    Sim, o governo tem a ganhar adotando SL (onde ele for viável e interessante tecnicamente), mas eu ainda acho (e insisto) que não deveria ser na base do decreto, por mais que você queira justificá-lo como necessário. A comparação com China, Cuba foi para ilustrar exemplos de autoritarismo que não deram certo no campo social. Cidadãos de cuba, china e venezuela vivem quase na linha da miséria e muito em parte por serem governados na base do decreto, do controle, por governadores cheios de “boas intenções”. Se isolar NÃO é o caminho e também diria: expulsar empresas proprietárias da jogada é ruim para a economia do país. Mais ou menos como aqueles brados adolescentes de: “não dê dinheiro aos gringos, não coma no McDonald’s”, se esquecendo que MILHÕES de brasileiros dependem de seus empregos (diretos e indiretos) desta rede e de tantas outras empresas estrangeiras ou de capital estrangeiro.

    Ainda tenho esperanças de que uma sociedade deva ser livre de decretos e que possa chegar a um consenso democrático sobre o que é melhor para ela, incluindo o software que quer usar. E isso pode ser na esfera empresarial, na governamental e na pessoal. Você diz que não está acontecendo uma adoção forçada, não é verdade. Tem muita gente sendo obrigado a usar PHP ao invés de ColdFusion (por exemplo), mesmo justificando com os argumentos clássicos da superioridade do CFML (RAD) sobre outras soluções. É óbvio que existem exceções, mas de maneira geral a prática tem mostrado que estão ocorrendo problemas sim. Converse com qualquer funcionário que teve seu Windows+Office removido do dia para a noite e ganhou uma máquina nova, baseada em Linux+OpenOffice. A migração não foi natural, não foi fácil e está sendo difícil, causando caos e problemas. Se alguns funcionários já não conseguiam usar Windows com Office de forma produtiva, imaginem com Linux+OpenOffice, que é diferente, apesar de fazer quase tudo que a solução antiga fazia. Os treinamentos, o suporte e uma série de coisas para estas (e outras) soluções livres enfiadas na força pelo governo ainda são MUITO IMATURAS e muita gente (funcionários públicos) estão vivendo no caos, perdendo produtividade e tempo, e isso é ruim para o país, muito mais que alguns milhões em licenças. Talvez se fosse uma migração mais natural (veja que eu não sou contra a migração, pelo contrário), se não tivéssemos uma imposição, talvez não gastássemos tanto tempo e tivéssemos tantos problemas

    Cid Marocci, a fonte desta informação já foi citada aqui e em diversos outros locais: Revista Veja, edição de 25 de maio de 2005. Ano 38, número 21, página 32. Leia o post – http://www.cfgigolo.com/archives/2005/05/tentativa_alopr.html. Cito o ITI (e imediatamente peço que me corrijam se estiver errado), pois é de lá que saem as políticas e estratégias para adoção de SL no governo. Eu ainda não sei se a informação da Veja procede – veja que eu não julgo esta, apenas informo – por isso insisto em perguntar já que o Google não me traz respostas.

    IMPORTANTE: Se for provado que informação da Veja é errônea e sem fundamento, farei questão de noticiar isso também.

  20. Alex, já leu essa?

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u18526.shtml

    Mais um na discussão, que promete esquentar – e muito – nos próximos meses.

    [ ]’s

  21. Alex Hubner disse:

    Interessante Fernando, obrigado por postar.

    Vejam só: o jornalista responsável pela nota que saiu na Veja (na seção chamada “Radar”) desta semana chama-se Lauro Jardim e ele pode ser encontrado através do e-mail: ljardim@abril.com.br.

    Escrevi há pouco para ele solicitando que comprove a veracidade das afirmações e as fontes usadas para as mesmas, sugiro que todos façam o mesmo.

  22. Andre Silva disse:

    Alex, acho que você não precisa se alongar tanto no assunto. A coisa já está muito clara (menos para os cegos):

    “O governo pode usar seu poder de compra para fazer política tecnológica”, justificou Amadeu. “Precisamos do decreto porque o “lobby” contrário (ao software livre) é muito poderoso”, disse.”

    Ah tá… *fazer política tecnológica*. Ok então! A coisa é política mesmo… (a técnica que se lasque).

    Outra:

    “A transição para o software livre tem custos. Por isso, o ITI está reivindicando, junto ao Ministério do Planejamento, a liberação de R$ 230 milhões para aplicação nesse trabalho durante dois anos. O Instituto estima que o governo gaste cerca de R$ 300 milhões por ano com o pagamento de licenças de softwares proprietários.”

    *Tem custos*? Como?? Não foi bem isso que eu ouvi da turma defensora desta atitude transloucada do governo. Todos eles estão sendo enfáticos em dizer que vamos economizar com esta transição forçada. Será que *R$70,00* mi economizados não se pagando licenças valem a pena para esta aventura, para esta aposta? Outros paises mais ricos que nós não foram tão ousados e deixaram o software livre entrar pela porta da frente, de forma natural e fluída, sem forçá-lo. É a matemática bê-a-bá do governo (a mesma que nos faz pagar mais impostos a cada dia): economizamos licenças agora e vamos ver o que fazer depois com o custo de manutenção (afinal, vai ser do outro governo mesmo, que se dane).

    Viramos cobaias meu povo.

    [fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/materias/economia/1945501-1946000/1945989/1945989_1.xml%5D

  23. bebeto_maya disse:

    __Andre e Alex, a questão não é o custo.A questão são as tramóias por trás.Software Livre é mais econômico, sim. Tenho uma dezena de bons estudos para comprovar, incluindo o meu caso pessoal a o da UFPE e o seu NTI, que tem menos problemas técnicos nas estações linux.Agora se vocês dependem de Software Proprietário para sobreviver, admitam logo. Não é obrigação do governo pagar a Microsoft por licenças extorsivas, ou excluir 300.000 usuários de outras plataformas, sim pois os números de veja estão subestimados,( http://www.superdownloads.com.br/linux e vejam que só os downloads de distribuições, somados ultrapassam 200.000) e numa democrácia não deve excluir minorias, senão não estariamos pagando remédios para 100,000 irmão HIV-soropositivos, afinal são minorias.No mais se declarou pouco com Linux/Mac porque o programa não funcionava corretamente, era um lixo mesmo.Mas isso não tem nada haver com ideologia, é uma questão técnica de incompetência ,em que vocês pousaram como urubus na carniça. . .

    __Não se pode falar em liberdade quando o assunto é dinheiro público.Tem que optar pelo mais econômico sim.E para isso há o Software Livre, que como o proprietário, só funciona quando bem implementado.O PC Conectado tem que ter Software Livre, simplesmente para compensar os 8 anos de informatização predatória no nosso país.O programa de imposto de renda foi caro, e isso só mostra que se houver corrupção no processo de migração da máquina pública, é melhor permanecer como está.Chega de licitações casadas de PCs com Windows. . .Se vocês defendem a “justiça”, onde estavam em 1998-2002 quando quiseram enfiar o dinheiro do FUST, num projeto de democratização da informática que só beneficiária a Microsoft, ou nas privatarias do período FHC???

    __O senso de justiça de vocês é mais deturpado e ideiologicamente pessoal que o do mais arraigado defensor do Software Livre. A diferença é que camuflam muito bem!

  24. shipping disse:

    Hello! Your post (CFGIGOLÔ » Governo e software livre) does so well that I would like to translate it into French, publish on my french blog and link to you. You have something against it? Regards