Mais sobre software livre

Por falar no Podcast onde o Jonas menciona os debates sobre software livre em seu blog (Jonas, nossa discussão não foi com a questão de software livre, mas sim na dos padrões, lembra-se?).

Não é que fiquei famoso ao levantar algumas questões importantes sobre a adoção indiscriminada de software livre? Questões estas que são facilmente confundidas com “crítica ao software livre” por alguns leitores. São críticas sim, mas construtivas, assim espero. Tanto é que vou categorizar todos os posts relacionados em uma categoria chamada “Software Livre” (link e posts relacionados em breve).

Pois é… ir contra a corrente de revolucionários de língua afiada não é nada fácil, assim como não é fácil admitir que vota em PSDB para uma platéia de Petistas ferrenhos. Já perceberam como aquela filosofia do “se hay gobierno, soy contra” está fortemente arraigada na comunidade de “”defensores”” do software livre? Usei as duas aspas em “defensores” em respeito àqueles que realmente são defensores, sensatos, inteligentes e que realmente trazem sentido ao software livre. Uma minoria, infelizmente.

Estou farto dessa postura dos “”defensores”” de software livre de se considerarem os donos da verdade, os únicos seres iluminados capazes de enxergar o futuro (“o futuro é livre”, blá, blá) e ainda fazerem pouco caso daqueles que ousam contradizê-los ou questionar suas colocações e verdades absolutas. Se todas as teorias revolucionárias ou contrárias à situação fossem eficazes, se fossem reais soluções para nossos problemas e dilemas, tal como são apresentadas e pregadas, certamente estaríamos vivendo de maneira diferente, de maneira melhor. Para mim o buraco é mais em baixo. Não existe fórmula perfeita. Não existe linha reta, não existe uma verdade absoluta. Tudo é absolutamente relativo (notem o paradoxo desta afirmação).

A minha “birra” com software livre NÃO É com o software livre, mas com a “”comunidade”” que o promove, da forma como promove, e isso inclui medidas ditatoriais por parte do nosso “gobierno”. É estranho ver que estes “”defensores””, que tanto pregam a liberdade, podem concordar com um governo que coloca questões meramente pessoais e ideológicas à frente de questões técnicas e da boa e velha razão/ciência. Nosso governo insiste em ir no caminho contrário, fazendo uso inclusive da força da máquina política (opinião pessoal) com um projeto de Lei altamente questionável IMHO (mas aplaudido pela “”comunidade”” de software livre). A proposta de tal Lei inviabiliza empresas e pessoas da área técnica tomar a decisão de utilizar aquilo que julgam ser tecnicamente melhor. O governo agora é que dita o que é bom e o que é ruim na nossa área. É mais ou menos como baixar uma Lei proibindo o uso de fertilizantes sólidos na agricultura porque de uma hora para a outra um dirigente, chefe de gabinete, doido varrido qualquer (ou um grupo destes) acha (com bases técnicas pífias e falhas – papo longo para outro dia) que o melhor é usar fertilizante líquido, pois vai promover e melhora a indústria de aviação agrícola nacional, blá, blá.

Ainda bem que tal Lei dificilmente será aprovada. Bom saber que ainda existem resquícios de razão em nossa sociedade. Agora, que enche o saco aturar estes birutas metidos a revolucionários, donos da razão, ah enche.

Já disse isso aqui (e em outros lugares) diversas vezes: sou a favor da razão e da técnica em detrimento à ideologias e à política.

Leitura indicada (com ressalvas, afinal tudo é relativo) – http://criticalinux.blogspot.com/.


Descobertas várias falhas graves na linguagem PHP

Fiquem atentos e atualizem seus servidores!

Descobertas várias falhas graves na linguagem PHP


Podcast – Jonas Galvez

Falando em Jonas Galvez – e “falando” tem tudo a ver com esse post, ele está em um podcast do site Tableless.com.br.

Para os que estiveram em Marte nos últimos tempos, podcasting é, abre aspas, como uma entrada em um blog, um post, mas em formato de áudio, fecha aspas. Pod vem de “iPod”, o MP3 player da Apple. Entrevistas, novidades, etc, disponibilizados em arquivos MP3 para a pessoa gravar um CD ou utilizar seu MP3 player preferido e escutar no carro, durante uma caminhada, etc…

Bem, voltando ao podcast referido, há inclusive uma menção a ninguém mais, ninguém menos que Alex Hübner! Vale a pena dar uma “escutada”.

Uma pergunta que me pegou agora, é quando tempo vai demorar para o Google, ou outro pioneiro, criar uma ferramenta capaz de indexar podcasts e áudio em geral.


Documentação do ColdFusion “made-easy”

Muitas perguntas feitas na lista CF-Brasil poderiam ser respondidas com uma simples consulta à documentação. O interesse da lista realmente é ajudar, é claro, mas como um usuário da lista bem disse, a lista não é “muleta”. Por que alguma pessoa entraria na documentação, copiaria e/ou traduziria para postar na lista, se a própria pessoa que tem uma dúvida pode consultar a documentação, que está disponível na Internet, no próprio site da Macromedia?

Há um site na Internet chamado cfdocs.org, similar ao original javadocs.org, onde você digita a tag ou função ao qual deseja obter a documentação e é redirecionado para a documentação oficial. Um incentivo a mais para a “auto-ajuda”. A documentação oficial é a disponível no site da Macromedia, e em inglês. Para os que encaram o idioma como um problema – o que é muito incorreto no contexto que vivemos hoje em dia, ainda mais quando se trata de trabalhar com informática e tencologia, sugiro uma lida em um post do Jonas Galvez.

O site pode ser utilizado também da maneira http://cfdocs.org/tag_ou_funcao, ou seja, para pesquisar, por exemplo, pela função LsDateFormat(), você deve acessar o link http://cfdocs.org/LsDateFormat. Uma mão na roda! Tanto para iniciantes, quando para desenvolvedores mais experientes.


Novo TechNote

Page Not Found error when using Windows NT Authentication with ColdFusion MX and FlashRemoting on IIS 6


Macromedia 2004 Holiday Card

As festas de final de ano se aproximam e a Macromedia preparou um cartão especial para seus usuários. Confira!


CFDJ – ColdFusion Developer’s Journal

A edição da CFDJ deste mês traz uma matéria bacana sobre Flex e ColdFusion MX 6.1 para o desenvolvimento de RIAs, um artigo do Ben Forta com algumas pinceladas do que foi apresentado do Blackstone na MAX, uma propaganda interessante da HostMySite.com anunciando que oferecerá hosting do Blackstone (CF MX 7) e muitas outras matérias interessantes.

Faça o download da versão full em formato PDF (5MB).

Boa leitura!


Fusion Authority agora com RSS

O famoso (e antigo) site Fusion Authority (mais conhecido por abrigar a famosa lista CF-Talk) mantido pelo casal Michael e Judith Dinovitz agora tem um feed RSS para as notícias, dicas e muitas outras informações fundamentais e excelentes postadas por lá. Não deixe de conferir a adicionar ao seu FeedReader, Bloglines, whatever.

http://www.fusionauthority.com/rss.cfm

[via Sean Corfield]


59249: votem nele!

UPDATE: o bug será corrigido na versão final (Build 90470) segundo o bug-tracker. Obrigado a todos que votaram!

Refaço aqui o pedido feito na lista CF-Brasil: em nome do fortalecimento do nosso querido ColdFusion nos servidores compartilhados (único local onde nós, brasileiros, meros mortais pobretões podemos hospedar nossos sites/aplicações em CF… 😉 peço aos participantes do programa beta do Blackstone (a próxima versão do CF) que votem no bug #59249 para que ele possa ser corrigido até a versão final do processo beta. Está um pouco em cima da hora, por isso os votos são importantes.

Trata-se de um bug que descobri apenas hoje por falta de tempo de usar o Blackstone e que é fundamental para que o danado permita o uso de CreateObject() e CFOBJECT com segurança em ambientes compartilhados – coisa que tanto falo por aqui, e que tanto desejamos.

A discussão a respeito está no fórum “cf_install_admin” sob o thread “Sandbox security and CFOBJECT/CreateObject”.


Imagem não é nada, sede é tudo

Quando você não tem nada de bom a dizer, invente, aumente e fale difícil, sempre vai existir um mané para te escutar.

Essa parece ser uma verdade máxima de muitos departamentos de marketing de empresas (de todos os portes) no Brasil e no mundo. Tomem como exemplo esta recente propaganda (vide imagem – clique para aumentar) veiculada em quase todas as revistas de informática de nome no Brasil.

Estou até imaginando o que passou pela cabeça do criador da peça: “vamos colocar uma declaração de uma pessoa que pareça dinâmica, inteligente, ocupando um cargo importante, cheia de buzz-words para dar um ar de coisa profissional, testada e aprovada“. O problema é que o sujeito esqueceu do óbvio: dar legitimidade à declaração, com o nome da bela mocinha de braços cruzados e com “cara de conteúdo” da foto (cliquem nela). Gerente de Marketing de onde? De uma multi-nacional? Ou seria da papelaria do Seu Zé que tira Xerox?

A cada dia que passa percebo que a arte de encher lingüíça é altamente valorizada no nosso mercado de trabalho. Quem já passou por empresas grandes sabe da imensidão de projetos e dinheiro gasto com o blá-blá corporativo que não diz nada, não adiciona nada, não faz nada. O que mais me impressiona é que os dirigentes parecem gostar disso. Valorizado é aquele profissional que impressiona com jargões da última moda, com o visual sofisticado, com uma conversinha mole altamente lubridiante. São raros os dirigentes que sabem reconhecer estes tipinhos e não são enganados. Como diria Scott Adams, talvez porque muitos dos dirigentes atuais, forjados com livretos de auto-ajuda de gurus marketeiros, sejam exatamente estes tipinhos. A única diferença é que já são casos perdidos, crentes de que são estas qualidades guruzentas, no melhor estilo “O Aprendiz”, que tornam uma pessoa um bom profissional.

Quem se lembra do “corporate bingo” e outras sátiras a esta situação? Todo mundo acha graça, mas não pensa seriamente nisso, é tudo muito natural. O que mais me diverte (e irrita ao mesmo tempo) no ambiente corporativo é a filosofia gerúndica do “vamos estar podendo”, da ignorância e ineficiência mascarada de discuro bonito e cheio de blá-blá, das mentiras e inflação de resultados e atos pífios que não merecem comentários. Se você trabalha numa corporação onde os resultados são questionáveis, mas os relatórios apresentam estes resultados como sendo a 8a maravilha do mundo, desconfie. Se a empresa onde você trabalha segue fielmente a filosofia do “casa de ferreiro, espeto de pau”, desconfie mais ainda. Que legitimidade tem uma empresa que sequer sabe gerenciar a ela mesmo (seus recursos, sua tecnologia, sua metodologia, etc) tem em vender “soluções” para outras empresas?

Saiba identificar sinais de que a empresa vende aquilo que não sabe fazer (falar é diferente de efetivamente fazer). Desconfie também quando a propaganda, a apresentação e todo o show parece ser bom demais para ser verdade. A máxima do “cão que muito late, pouco morde” nunca foi tão verdadeira em nossas empresas de tecnologia.

Fique de olho. Isso vale para empresas que vendem soluções para outras empresas e para empresas que vendem soluções internamente e especialmente para você, profissional competente. Prefira ser taxado de chato e anti-social à mais um daqueles engravatadinhos de gel no cabelo que falam, falam, mas fazem muito pouco.

Leituras recomendadas sobre o assunto:

EXECUTIVOS NEUROTICOS, EMPRESAS NERVOSAS

ARTE DA GUERRA PARA QUEM MEXEU NO QUEIJO DO PAI RICO

e claro, o clássico O PRINCÍPIO DILBERT

E por falar em “arte da guerra para fulano, para beltrano, para seu cachorro”, no próximo post falarei sobre este mundo dos “gurus” empresariais, seus livros, suas fórmulas e conselhos para lá de óbvios e/ou duvidosos.